segunda-feira, 23 de novembro de 2009

O Poder da Emoção!


O orador não é um ator, contudo este precisa saber passar sentimento, emoção e colorido em sua apresentação quando necessário, mas sempre com responsabilidade. Para ter controle sobre seu público, não basta somente que o aspecto racional seja trabalhado.


Ouso dizer que na maioria das apresentações, o sucesso do convencimento está amparado predominantemente no lado emocional do discurso. É necessário que o cérebro seja convencido, mas o exímio orador sabe muito bem o poder de um coração aquecido. Sabe que a emoção pode dobrar inúmeros argumentos inflexíveis.


Quando público está convencido racionalmente, a tarefa de persuadir é mais fácil. Se este está emocionalmente, a tarefa será muito mais árdua. E será hercúlea, praticamente impossível, se a idéia estiver fixada por ambos os campos.

Ora vejamos:


Convencimento Racional: Haverá a necessidade de apresentação racional e lógica, para derrubar o argumento. Fatos, dados e argumentação poderão mudar a opinião do convencido.


Convencimento Emocional: Nesse caso, mesmo que sejam apresentados dados, informações, fatos e argumentação vasta, provavelmente haverá insucesso no novo convencimento. Sua certeza vem do coração e é inquestionável, um dogma.


Percebe a dificuldade do emocionalmente afetado? Por essa razão, debates políticos, religiosos e futebolísticos raramente levam a algum lugar, uma vez que o sentimento refuta todo e qualquer argumento.


Podemos concluir que o convencimento emocional é muito eficaz, e uma vez introduzido, retirar-lhe será dificultoso. E isso se amplia exponencialmente em pessoas com pouca instrução, onde o lado racional foi trabalhado em escala menor e mais lenta.


Caro leitor, o bom orador deve ser emocional, deve abalar as emoções se quiser convencer profundamente, e passar suas opiniões adiante. Contudo, o bom orador acima de tudo deve ter responsabilidade com suas idéias e apresentações. Lembre-se que Martin Luther King abalou o mundo com o sentimento, mas Hitler também.


Que este texto, sirva de aprendizado, mas que sirva também de alerta. De quê estão nos convencendo? Os políticos estão nos abalando emocionalmente para qual propósito? Onde nossa religião quer nos levar? Nos quê estamos acreditando?


Portanto, passe sentimento, fale também com o seu coração e certamente sua apresentação será um sucesso, mas não deixe de ser sensato e responsável.

Um comentário:

Paula Petitinga disse...

Oi Meu amigo!

Faz tempo que não leio os seus textos. Adorei este último! Ele contrapõe-se à seguinte expressão: " contra fatos não existem argumentos". Afirmando a força do convencimento emocional sobre as teorias dos fatos. Comprovando que a ciência, seja ela Linguística, da Doutrina ou não, não termina com os fatos. Pois, o poder da emoção é soberano e ele pode quebrar qualquer argumento.

Um beijo para você!